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Na tentativa de conter a onda de crimes que vem assolando a Capital alagoana, o Governo do Estado e sua cúpula da Segurança Pública, ontem (18) lançou um novo modelo de segurança para combater a criminalidade, “Ronda Cidadã” que vai proteger o patrimônio público e as residências na Capital alagoana.
Na primeira etapa do Ronda Cidadã, 80 militares da Polícia Militar de Alagoas distribuídos em nove viaturas e 12 motocicletas farão rondas em sete pontos críticos de Maceió, Ponta verde, Stella Maris, Jatiúca, Benedito Bentes e Distrito Industrial.
O grande questionamento e a grande dúvida que continua perante a população é se realmente estas medidas de fato conseguirá sanar ou até mesmo iniciar um processo de redução da onda de violência que mata homens, mulheres, jovens e crianças.
Se de um lado o Poder executivo afirma que esta no rumo certo no combate a violência, o que vemos nos bastidores é uma verdadeira insatisfação das Polícias Militar e Civil com o alto comando da segurança no Estado.
Os desgastes – da recente greve - ocasionados pela má condução (do governo) nas negociações com o comando de greve das Policias (militar, civil e bombeiros), os 7% de aumento oferecido pelo Governo Estadual e aceito pela corporação depois de muitas manifestações, descontroles, ameaças, bombas e quebradeiras criaram uma insatisfação das policias diante de seu alto comando e ai, vem novamente, uma questão que se fala e ressurge com o novo modelo de segurança oferecido a população.
Qual a garantia que temos desta segurança pública que nos é oferecida se o agente principal – o policial – ainda perdura com uma remuneração desvalorizada sem incentivo e trabalhando em escala exaustiva e com estruturas precárias? Como que o Estado vai combater o crime se as delegacias estão em situação de precariedade, super lotadas e com falta de agentes e delegados?
Modelos, quando dão certos tem que ser reproduzidos mesmos, entretanto, o que preocupa é se este que foi apresentado à população é condizente com a realidade alagoana, nada adianta espalhar viaturas com alguns aparelhos tecnológicos se o policial que é a principal peça da história continua com salários que não lhes garante o sustento seu e de sua família se sua estrutura de trabalho continua a mesma de ontem, anteontem e até mesmo do mês passado.
Também se combate o crime valorizando o profissional da área, garantir sua sustentabilidade de forma digna e justa é mostrar para sociedade que nossos agentes de segurança estão resguardados e que seu merecimento diante da dura realidade ao que trabalha e enfrenta todos os dias, está sendo compensado e valorizado, seja com salário decente qualidade no serviço e assistência necessária que se precise para quem tem que viver correndo e trocando bala em nossas ruas, bairros e grotas.
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