Mais um sem-terra é assassinado na luta pela reforma agrária

O trabalhador rural José Luiz da Silva foi assassinado em frente da sua filha no acampamento de uma fazenda pertencente ao Governo do Estado no município de Sertânia, a 320 quilômetros do Recife (PE). A impunidade e apoio governamental aos latifundiários fazem com que a violência contra os sem-terra seja cada vez maior




No dia 2 de julho mais um trabalhador sem-terra foi assassinado no país. O assassinato ocorreu no município de Sertânia, Pernambuco, em um acampamento localizado numa fazenda que pertence ao Estado de Pernambuco e é administrada pelo Instituto de Pesquisa Agropecuária (IPA). José Luiz da Silva foi assassinado na frente da sua casa, no acampamento, quando estava com sua filha mais nova de dez anos que viu todo o acontecimento.

José Luiz da Silva já havia sofrido ameaças de morte no dia 14 de junho, quando uma pistoleiro foi até a casa de José Luiz e não o encontrou, foi quando avisou a vizinha que mataria José Luiz se ele continuasse no local. Após as ameaças o sem-terra realizou a denúncia e ficou duas semanas afastado do acampamento para sua segurança. Quando voltou no dia 28 de junho, passaram-se 4 dias e o agricultor foi assassinado por dois pistoleiros em uma moto.

O trabalhador, segundo familiares e companheiros de acampamento, era um dos que estavam à frente da fiscalização e das denúncias de práticas ambientais ilegais na região. O local, que por falta de fiscalização dos órgãos competentes, passou a ser alvo de caça, pesca e extração de madeira de forma ilegal.

De acordo com a CPT de Pernambuco, uma trabalhadora rural que testemunhou as ameaças foi procurada por homens desconhecidos durante os dias que antecederam o assassinato de José Luiz da Silva e nos dois dias posteriores ao assassinato.

Os acampados encontram-se na fazenda de 700 hectares a mais de dez anos sem nenhuma resposta do governo e correm constantemente ameaças de morte de madeireiros locais e pessoas não identificadas.

O descaso dos governos contra as famílias sem-terra está evidente. O processo de reforma agrária no país nunca foi encarado de maneira séria e o que ocorre é que utilizado de maneira demagógica por lideranças, políticos e movimento sociais para obter benefícios ou para impedir uma verdadeira reforma agrária.

A situação chegou a um ponto em que os trabalhadores sem-terra são assassinados e sofrem outros tipos de violência todos os dias, transformando o campo em uma verdadeira guerra civil onde os trabalhadores rurais não podem se defender e quando se defendem são presos.

É preciso exigir a investigação e punição dos assassinos e seus mandantes, e os trabalhadores devem se organizar de maneira independente do estado e de seu aparato policial para se defenderem dos ataques do latifúndio, pois estes agem constantemente contra os sem-terra.



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