No século 19, nos Estados Unidos, trabalhadores eram submetidos há uma carga horária de 17 horas de intenso trabalho nas indústrias, sem direito a descanso, férias e com uma remuneração defasada.
Mobilizados por duas organizações sindicais: AFL – Federação americana de Trabalho e a Knights of Labor – Cavaleiros do Trabalho. Em 1º de maio de 1886, na Cidade de Chicago, iniciaram uma greve denunciando a situação caótica e desumana ao qual se encontrava o trabalhador.
A greve paralisou os Estados Unidos, e ficou marcada na história por ter sido um verdadeiro palco de guerra, foram; tiros, bombas e mortes. Este fato marcante ficou conhecido como a Revolta de Haymarket. Em homenagem aos manifestantes mortos na greve, o 1º de maio ficou instituído como o dia do trabalhador ou do trabalho, o dia marcado para a reivindicação de melhorias ao trabalhador, sem distinção de cargo ou área trabalhada sendo ela remunerada ou não.
Em nossa terra tupiniquim, as comemorações começaram no ano de 1895, entretanto, em setembro de 1925 é que tivemos o decreto, instituindo o dia do trabalhador, pelo então presidente Artur Bernardes.
Marcante no Brasil, como um dia de manifestações, passeatas, protesto e crítica às questões sociais e econômicas do país.
Com o enfraquecimento dos sindicatos, o trabalhador é jogado cada vez mais ao sentimento derrotista e sem espírito de luta. Vive ainda suas antigas reivindicações – redução da jornada de trabalho, eliminação do fator previdenciário e a regulamentação do trabalho terceirizado – sem remuneração, trabalhando de forma escrava, sem qualificação e sendo Vítima do desemprego por causa do desenvolvimento tecnológico.
Influenciado pelo trabalhismo de Vargas, onde, não interessava desconstruir o capital, e o trabalho passa a ser visto puro e simplesmente como valor, o dia do trabalhador começa a perder suas características de piquetes e passeatas, e passa a ser comemorado com festas, shows e distribuição de brindes, em dias atuais.
O 1º de maio, não é mais o mesmo! Sem conseguir dar uma resposta ao desemprego, às centrais sindicais, amenizam as perdas trabalhistas com acordos paliativos, mais, recebem doações de empresas privadas e públicas, para colocarem cantores populares nas praças dos grandes centros urbanos, distribuírem brindes – carros e casas – tudo num clima de um verdadeiro carnaval, uma estupenda festança, e ainda chamam de comemoração do dia do trabalhador.
Para uma nação que sofre com a falta de emprego e a negação de melhores condições de trabalho, basta lembrar as revoltas recentes nos canteiros de obras das grandes hidrelétricas a serem construídas na Amazônia (inclusive, destruindo o meio ambiente e comunidades inteiras), acredito não termos o que comemorar.
O dia não é mais do trabalhador, é a festa dos lideres sindicais, com posicionamentos duvidosos e seus discursos xucros, mobilizam os trabalhadores pela sua miséria e mostram para o patrão, que tá tudo certo! Ninguém ta reclamando e o que combinamos, continua de pé.
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