Dia dos Namorados (uma reflexão)

Pensei muito sobre o dia dos namorados (12 de junho). Engraçado, como é sem graça, se olharmos na ótica comercial, e reafirmo meu pensamento, que coisa sem graça! Transformar o amor compartilhado em andadas desesperadas por compras é reduzir um sentimento continuo (quando de verdade), único e prazeroso em consumismo e estratégias comerciais que constrói uma forma muito mais vendável do que o desafio de exercitar o amor.

Se o dia dos namorados é para presentear a quem gostamos e os outros dias? Prefiro olhar com outra faceta, hoje (12), reafirmo como é grande o meu amor e nos outros dias cuidarei de ti como se fosse ontem. Claro que nosso amor gosta de ser presenteada (o) e este presente em sua maioria não precisa vir de uma loja legal e cara nem ser aquela jóia tão sonhada ou aquele final de semana num hotel chique.

A construção de laços é verdadeiramente um desafio a quem aceita a empreitada de namorar ou ser enamorado, obviamente, que no mundo moderno este amor – ou algo próximo – é fracionado em vários tipos de amores. “Coisa de gente moderna”.

O sentimento compartilhado é capaz de seduzir você e todos os dias te fazer buscar o que não conhece, vai pelo cheiro, segue de forma intensa só por sensações única deixando assim, sempre um gosto de querer mais e sempre mais. Às vezes é um vício tão incontrolável que chega a ter excessos e quem nunca exagerou alguma vez? No limite da responsabilidade, é uma experiência que faz parte da consolidação de algo mais profundo.

Namorar poderá ser o início de uma grande história, que te levará há percursos ora não escolhidos e se tudo correr bem terá o auge de qualquer ser humano, viver um grande amor, construir uma vida a dois sendo apenas um e ainda podendo se transformar em vários. Reproduzir.

A construção de um amor é tão envolvente que às vezes não dá pra saber quem somos nos mostra outra forma de ver o mundo. Proporciona-nos o dever de propagandear o quanto é gostoso está em total vivência de amor, nos torna diferente e feliz.

Se dermos uma olhada rápida para o mundo, logo teremos o entendimento do porque de tanta violência, guerras, disputas de poder e uma busca desenfreada pela riqueza e o domínio global. Seria muito melhor se o ser humano tivesse o retorno de seus pilares instintivos, com certeza, o mundo seria outro e de fato o significado real do amor seria um sentimento geral entre todos.

Entregar-se fielmente ao amor é ter a coragem de viver o novo, mergulhar em águas profundas e não se molhar é ser uma bola de fogo e não se queimar é congelar sem nunca sentir frio.

Uma carta de amor, uma declaração de sentimento verdadeiro, poderá ser pra você uma experiência diferente – utilizar do simples - perceber a sensação de um sentimento senti-lo forte a cada palavra, sentir tremor a cada toque não entender porque o coração palpita tanto será no mínimo, um reencontrar com o belo sem preceitos, conceito de “gente moderna” nem tão pouco gasto financeiro só porque você viu uma mulher bonitona (ou um homem) na TV tentando te fazer imaginar que ela (ele) é o seu amor e que necessariamente necessita daquele produto ao qual te oferece e induz a comprar como se fosse à coisa mais importante naquele instante.

O amor tem que ser cativado e temos que ser responsáveis pelo que cativamos, não adianta lembrar ou cuidar ao menos um dia no ano, é preciso cuidar como se fosse à primeira vez o tempo todo. O amor é um sentimento sublime, ele não tem cor, não tem raça nem etnia, está presente em nossas vidas, transforma o agora e nos leva a lugares inesperados, ele é simples não precisa de ouro, aliás, seu grande tesouro é transformar as pessoas torná-las mais humanas, este é o papel do amor.

Por tanto, se queres agradar o seu amor não precisa se preocupar em coisas caras, relativa e passageira nunca esqueça que o amor não custa nada nascemos com ele ou ela porque não?– o amor é feminino, masculino é igual. Só basta perceber o despertar saber cultivar e aprender, deixar crescer ser tomado por completo e encarná-lo como estilo de vida. Muito AMOR!