Por Josival Oliveira*
Foto - juventudeurgente.blogspot.com |
O ciclo de vida que determina a formação física, intelectual, social e cultural do indivíduo – Juventude – processo afirmativo de uma passagem de dependência para a autonomia diante da sociedade. Obviamente que a conseqüência deste momento é a busca pela sua sobrevivência por meio do trabalho.
No Brasil, a população juvenil é composta por 34,1 milhões com idade entre 15 e 24 anos, representa 20, 1% da população do país. O último CENSO identifica 9 milhões de jovens que vivem a baixo da linha de pobreza e 26% dos jovens brasileiros estão no patamar de vida que sobrevive com uma renda per capta inferior a R$ 61,00. Além dos trágicos índices de escolaridades, desemprego, falta de cultura e alienação. Estes dados mostram que a situação de vulnerabilidade juvenil segue crescente.
Não há uma política pública para a juventude no Brasil, o que temos são, algumas experiências, sendo essas ações realizadas pelo estado ou sociedade civil. A juventude de hoje não trás mais os aspectos daquela dos anos 60, que cravou sua história com a participação ativa no momento político que lutou pela democratização e o fim da ditadura no país, juventude dos anos 60 – liberdade de expressão, influência na conjuntura política e uma explosão de aspectos políticos culturais, espalhados em todo o país.
O aumento da vulnerabilidade dos jovens faz com que esta significativa parcela da sociedade civil permaneça presa ao ciclo – violência - droga – tráfico – movimentado por uma cultura de massa, a juventude vem sendo destruída pela violência e a falta de expectativa promovida pelo individualismo, gerido pelo capital, onde o individuo é o capital humano e consequentemente faz com que a juventude seja exposta há uma situação de riscos que obviamente trás como conseqüência; a perda de identidade e influência ruim para sua formação.
Diante da dura realidade de sobrevivência da família brasileira, é cada vez maior a quantidade de jovens que abandonam a escola para se inserir no mercado de trabalho. O jovem é quem mais sofre com o desemprego, muitas vezes proporcionado pela falta de experiência e uma política séria de inclusão do publico juvenil no mercado de trabalho sem prejudicar a sua participação na vida escolar. Os projetos, as propostas e iniciativas governamentais ainda são insuficientes para a realidade mostrada em inúmeras pesquisas realizadas por várias instituições públicas e privadas, ONGs e movimentos sociais sobre a situação da juventude no Brasil.
Entretanto, é preciso não esquecer que a família tem um papel fundamental para a caracterização do jovem na passagem para a “vida de adulto”, recuperar o sentimento de “ser jovem” é não deixar o crescimento da expressão de violência com a nossa juventude, romper com o individualismo, recuperar os aspectos culturais, contribuirá para a formação do caráter juvenil. É necessária uma junção de forças entre a família e sociedade civil, a juventude precisa permanentemente de uma atenção diferenciada. Precisa ser vista novamente como uma parcela estratégica da sociedade para consolidações futuras do país.
Preparar a juventude para enfrentar as desigualdades sociais sem perder sua identidade e características próprias é uma questão de estratégia para um futuro consolidado. Retomar a prática do jovem como futuro estratégico do país nos dará a possibilidade de promover um método conjunto (com a participação deles), para as políticas públicas para a juventude, um ato estratégico para o combate a pobreza e a certeza da continuidade da participação juvenil nos aspectos políticos culturais do país.
0 comentários:
Postar um comentário
Caro leitor você tem neste espaço a oportunidade de expressar sua opnião ou mesmo divergir do autor, para garantir seus comentários é preciso ter uma conta de serviço da google ou outra plataforma, este sistema é uma forma de garantirmos um não constrangimento ou mesmo invasão de "spans" na página. Frote abraço.